quinta-feira, 22 de maio de 2008

Capítulo 6º



CAPITULO 6º



DECISÃO: GAMBIA











TRAVESSIA DA GAMBIA – os 17 kms. mais caros do mundo (Pakai N’Ding)

Há tréguas nos conflitos e de momento está tudo tranquilo.
Evitou-se este trajecto, na ida, temendo-se conflitos e complicações fazendo a travessia
do Cacheu e entrando por Pirada.


A língua corrente é o Inglês – gentes desconfiadas, arrogantes. Rio de água suja, sujidade por todos os lados.

Aderiram à moeda da Africa Ocidental - Francos Senegalezes ou CFA's mas tentam, sem sucesso, levar-nos a cambiar a antiga moeda: Dalasis. Ás vezes a impaciência vira em Maufeitio e tudo se resolve num ápice.


Queremos sair daqui depressa!




A travessia do rio Gambia em ferry-boat é rápida e segura; não tanto diríamos dos ancoradouros onde nos sentimos transparentes perante o olhar dos indígenas. Mas correu tudo sem incidentes e chegámos a Dakar dentro do previsto.

Controle policial sob a mira de metralhadoras foi uma constante durante tudo o percurso. Se não ostensivamente por soldados colocados na estrada a seguir ao sinal «haute police» (e haute police é para parar mesmo), simplesmente os canos a espreitar do buraco das rudimentares guaritas a que pomposamente chamam posto de polícia. Mas já começávamos a estar habituados não nos causava grande perturbação, embora desconhecêssemos se as armas teriam munições.

VAI SEGUIR-SE, DE NOVO, O SENEGAL


HAUTE POLICE  (Proibido Fotografar)



Por cá querem imitar!!

















DAKAR via KAOLAC



Mais estrada com buracos ou buracos com restos de estrada,








mais abutres devorando carcaças de animais mortos, cheiros nauseabundos,



polícias e caça à multa – negociar a coima a pagar…



Proibido fotografar autoridades ou instalações militares


…mas, li algures, «eles» querem voltar outra vez !!

Não resisto a relatar um incidente com o nosso K9 --- a discussão com o senhor agente da autoridade ameaçava chegar ao rubro (paciência às vezes tem limites) – o Paulinho sempre tranquilo resolve intervir. Simplesmente identificou-se! O nosso senhor agente de autoridade virou de imediato a sua atitude como se passasse a estar na presença do superior máximo da sua hierarquia (riso).




Confesso a minha surpresa até porque me havia sido assegurado que militares e jornalistas não eram bem recebidos. Esta viagem serviu, na realidade, para descobrir muita coisa!

DAKAR

A tão afamada cidade Senegalesa que há quase 20 anos acolhe o mais conhecido rally do mundo continua estagnada no tempo e nos pântanos, no lixo e no mau cheiro.







Depois de umas filas de trânsito à moda da VCI ou do IC19, com muita contrariedade da equipa Mitsubishi, à segunda tentativa temos o Hotel Independence.


OPÇÕES


Assim, o convoy estaria desmobilizado a partir dessa data e os participantes numas merecidas férias fazendo um regresso descontraído, sem tensões e ao livre arbítrio de cada um.

Não foi agradável que a desmobilização de uma equipa se desse antes de ser considerada terminada a Missão, ou seja, antes da visita e entrega de medicamentos ao Hospital de Cumura. Não teve, no entanto, importância de maior, estávamos no destino e é compreensível que uns mais cansados que outros, tomassem as suas próprias opções.

Foi pena não terem comparecido ao jantar que as Irmãs nos prepararam com tanto carinho mas ao que parece houve falhas de comunicação quando saímos do hotel, impossíveis de colmatar pela inactividade dos nossos telemóveis.

Mas é bom, mesmo já fora do local apropriado, falar da Missão de Antula e das Irmãs. A boa disposição, alegria, espírito crítico é uma constante. Não resisto a contar:

- extasiei-me perante as árvores carregadas de frutos: eram cajueiros, mangueiras, coqueiros … aquelas árvores que me pareciam palmeiras davam cocos em vez de tâmaras!
No fresco e agradável parque da Missão não resisti a fotografar uns maravilhosos cocos perante o sorriso aberto da Irmã Eloisa. Pois…






antes da partida a nossa Irmã, sempre sorridente e com um ar maroto, carregando um saco plástico, dirigiu-se-me nestes termos:
Leonor: tem aqui, para levar para Portugal, uns mangos colhidos esta manhã… no seu coqueiro!! (riso).

Confessem lá, companheiros: os mangos eram ou não uma delícia? Hummm e souberam tão bem !!


(Nota: Na Guiné-Bissau chamam Mangos e não Mangas! Manga significa bué.)

Da Irmã Germana ( que cozinhou o nosso jantarinho) ao reconhecer que a carne era um tanto rija comentou com muita graça: pois, aqui a carne é sempre dura, as vacas vêm a pé desde o Senegal! (riso)

Mas Antula, Bissau e as Irmãs já ficaram para trás e esta citação é já o reflexo de uma ponta de saudade.


A CISÃO definitiva no grupo deu-se de manhã cedo no átrio do Hotel..

O Fernando e o JP não jantaram com os restantes elementos . Fomos dormir sem nos reencontrarmos e a SMS enviada pelo Zé não foi lida o que originou que não descêssemos todos para partir à hora combinada.

Todos reunidos foi assumido pela equipa Mitsubishi que se separariam de nós e regressariam mais rápido a Portugal. --- aliás --- tinha sido admitido acontecer desde o inicio da divulgação da viagem.

Restou-nos desejar-vos BOA VIAGEM companheiros

E um MUITO OBRIGADA

SEM A VOSSA ADESÃO ESTA VIAGEM NÃO SE TERIA REALIZADO


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