quinta-feira, 22 de maio de 2008

Capítulo 7º



CAPITULO 7º


SENEGAL SUPERADO

Antes da saída de Dakar o habitual reabastecer das viaturas. O Zé decide verificar os níveis do seu BJ 40 (tinham passado muitos quilómetros depois de ter reposto valvulina e óleos) – E pronto!! BJ na fossa… Zé … ficas proibido de voltar a espreitar o carro por baixo.
















O Zé é cuidadoso com o seu brinquedo mas não precisava exagerar. Um brinco de suspensão com uma fractura e aí se perde uma manhã a arranjar uma peça compatível. Não foi fácil mas Toyota é nesta Africa e lá se arranjou a bom preço.

Zé… aquela fractura era mais velha que a vaca dos bifes das Irmãs de Bissau! Tinha chegado a casa e com sorte lá para a próxima inspecção darias por ela. Enfim!! Ficaste mais tranquilo e feliz assim --- quem éramos nós par te contrariar (riso)

Curta passagem pelo «Lago Rose» e pelas suas salinas (não se percebeu bem a proveniência do nome)









DJAMA

Agora com os carros vazios, sem coisas boas para cobiçar, o regresso é tranquilo. Entrega dos Passavant, voltar a pagar cachets nos passaportes (agora de saída, a comuna e a portagem da ponte.)





SEGUE –SE A MAURITANIA E OS SEUS DESAFIOS

Aí estamos, frescos e bem dispostos, rumo a Noahkchott.

Contactos com Portugal na tentativa de conhecer o horário das marés. Dados coincidentes apontam para as 16 horas.



Foi um dia quente e longo. É noite, encontramo-nos com uns emissários de Brahim que tentam contactos com a capitania do porto, sem sucesso --- fim de semana Islâmico. O Zé tenta contacto com um amigo, director do Parque Natural do Banc d’Arguin, zona da pista do mar, sem sucesso.

Vamos dormir num hotel tosco e sair bem cedo para «ver a maré»
Desde que foi aberta a estrada de alcatrão desde a fronteira – Nouahdibou a ligar à capital Nouakchott a PISTA DA PRAIA - Reserva Natural Banque D'Arguin



 não voltou a ser utilizada, serve apenas de ligação entre algumas aldeias piscatórias.



Não houve vontade de arriscar esperar pelas 16 horas e fazer parte da pista saindo antes das dunas de Manghar (o conhecido shott)

Perdeu-se este desafio…
...e vamos seguir viagem pelo «goudron» porque ainda estamos bem longe de Portugal

NOUAHDIBOU – BIR GENDOUZE – EL ARGOUB – DAHKLA



Na praia junto aos nossos carros mais uma vez prestamos ajuda a um pescador com uma unha arrancada e infectada num pé imundo. Faz-se o que se pode com a exiguidade de condições: lavar, desinfectar, por uma pomada e proteger com ligaduras. Enfim, melhor que nada.


Uma khaima (de qualidade) montada na praia e o convite de um «entrepreneur» de construção para tomar uma bebida com sua família. É obrigatório, com pressa ou não, aceitar estes convites. Ainda temos uma saca com brinquedos, presenteamos as crianças, permanecemos um pouco, fotografias e… lá vamos

Alcatrão, alcatrão e mais alcatrão – a estrada para Nouahdibou é monótona e toda igual: ou será o desencanto por não ter feito a antiga pista de mar?





Passamos ao lado de Nouhadibou até Bir Gendouze e ao controle policial de reentrada em Marrocos.

Surpresa !! A equipa Mitsubishi

 já está fazendo as suas formalidades. Curiosamente brincamos à fábula da lebre e da tartaruga durante uma boa parte do regresso.

Há que fazer novos cachets nos passaportes, nova declaração das viaturas. A alfândega quer vasculhar tudo… pois que vasculhe (riso) já é hábito a nossa indiferença a estas formalidades no regresso.
Novo destino El Argoub já noite escura. Vamos jantar na beira da estrada , pão marroquino e a nosso cerveja.

Vamos inspeccionar uma espécie de motel, electricidade aos solavancos, calor, casas de banho exíguas, preferimos o sacrifício e
reabastecer viaturas … destino Dahkla para dormir depressa.
As horas passaram rápido (novamente fomos penalizados por partirmos tarde) tantos quilómetros, o cansaço é demais.
Abusando da minha imparável energia, por sugestão do Paulinho, troco de lugar com o Jorginho também demasiado cansado para manter desperto o seu piloto.

O BJ40 E O ZÉ



É o momento de falar deste «piloto» o Zé, o nosso herói. Já fiz a Mauritânia com um BJ 40; sei quanto é duro pilotar uma viatura sem modernices, fiável mas exigente em força e atenção. Piloto e viatura portaram-se à altura das circunstâncias e a bravura e determinação do Zé em cumprir a Missão merecem reconhecimento e aplauso.

Mais um novo dia
Avisa-se o Rachid para nos mandar preparar uma fritada de peixes porque vamos chegar um tanto tarde para jantara Tan-Tan Plage




O meu querido Rachid que conheci garoto e que, com muito carinho, me chama de Maria.
Os «meus» quartos no Le Marin estão ocupados (não pelas antigas cucarachas). Os disponíveis são menos bons mas lá serviram para mais uma noite. O cansaço era tanto que nem dava para esquisitices.

TAN-TAN

A magnifica estrada de El Ouatia a Tan-Tan, a imensidão de areia calcada a desafiar os 4x4 para umas brincadeirinhas. E «eles» foram e «eles» brincaram.. até quase atolarem...




No lado contrário da estrada o mais que fotografado cemitério







Uns tufos de plantas, noutro ano com flores. O recuar no tempo, o comparar outras viagens – saudosismos à parte.




Estrada El-Ouatia 10 anos depois (já nem os calhaus são os mesmos!)

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